Criança é sinônimo de movimento: engatinha, caminha, tropeça, cai, levanta e vai de novo, inúmeras vezes ao longo do dia. É muita energia e um incrível senso de imaginação, fundamentais para manter a saúde e o desenvolvimento. O que resta aos pais é ficar de olho e saber distinguir situações corriqueiras daquelas que pedem uma atenção especial e o acompanhamento médico.

Sabendo que a maior parte dos acidentes ocorre em casa e que estamos em período de isolamento social, a atenção deve ser redobrada, principalmente, para aqueles envolvendo partes sensíveis do corpo, como a cabeça. É o que orienta o neurocirurgião pediátrico Eduardo Jucá. “As crianças realmente se machucam, principalmente quando começam a ganhar autonomia, seja engatinhando ou dando os primeiros passos. É neste período, ao contrário do que muitos pais imaginam, que precisamos estar ainda mais atentos, até para distinguir traumas leves de outras complicações”, afirma.

De acordo com Jucá, se o trauma for leve, basta observar. Se resultar em um galo, o ideal é recorrer ao uso de uma compressa fria ou gelo, sempre enrolado em algum pano, para não queimar a pele da criança. “A observação deve ocorrer nas primeiras 24 horas. Se, neste período, a criança ficar sonolenta além do habitual ou apresentar vômito, fale com um médico”, explica.

Jucá lembra ainda que é preciso manter a tranquilidade, até para acalmar a criança e observá-la corretamente. “Sei do desafio de se manter minimamente equilibrado quando um filho se acidenta e bate a cabeça, mas a calma vai ser importante para observar como se deve. Até porque o choro pode levar ao vômito ou cansar a criança a tal ponto que ela queira dormir”, disse.

Outra orientação dada pelo neurocirurgião é chamar a criança e ver como ela reage. “Se não responder à solicitação ou abrir os olhos e só conseguir sustentar por pouco tempo, pode haver lesão. Procurar o médico, mais uma vez, torna-se fundamental”, alerta.

Por Caramelo Comunicação