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Lara Maia

A pediatra Lara Maia, cap da Clínica de Vacinação Imunize, aborda abaixo uma temática cada dia mais constante na vida das mamães, a preocupação com a temível alergia ao leite de vaca, APLV. Entenda um pouco sobre ela e a melhor maneira de evitá-la:

A decisão de ter um filho, a gestação e a espera de um bebê é algo que envolve muita expectativa, amor, alegria e, ao mesmo tempo, ansiedade.

Por mais que todos temam, ninguém espera de fato que seu filho tenha alguma enfermidade. Afinal, o que mais se deseja é que a criança nasça com saúde.

Portanto, é muito compreensível que os pais fiquem tristes, apreensivos e até se desestabilizem ao perceber que algo não está bem com seu bebê, principalmente quando as queixas envolvem a alimentação, o ganho de peso e o crescimento da criança.

 

Ao aprender a lidar com o medo e a culpa os pais conseguem então aceitar a APLV do seu bebê.

Aceitar significa não resistir. A aceitação faz com que os pais deixem de enxergar apenas as dificuldades e passem a realizar as tarefas e os cuidados com paciência.

Quando os pais aceitam o diagnóstico genuinamente, eles se unem juntos um do outro. Nesse momento tudo fica mais fácil, pois é possível raciocinar e agir para cuidar.

A influência genética/familiar é o fator mais associado ao desenvolvimento da alergia. Filhos de pais com algum tipo de alergia possuem 75% de chances de desenvolvê-la. Mas, mesmo quando não há história de alergia na família, a criança pode manifestar APLV.

Outro fator associado à APLV é o contato precoce com o alimento. Ao nascer, o intestino e o sistema imunológico do bebê ainda estão em fase de maturação, ou seja, ainda estão “aprendendo” a fazer a digestão dos alimentos e a defender o organismo contra substâncias nocivas.

O alimento ideal para o seu bebê é o leite materno, pois é nutricionalmente completo e rico em enzimas e anticorpos que o bebê ainda não consegue produzir sozinho. Além disso, pequenas quantidades das proteínas que a mãe consome passam para o leite materno, possibilitando o contato do bebê com os alimentos que consumirá no futuro, o que favorece o desenvolvimento da tolerância alimentar.

A oferta precoce de leite de vacas para bebês, principalmente nos primeiros dias de vida, aumenta as chances de a criança desenvolver APLV, pois os órgãos do sistema digestivo ainda estão terminando de se formar e a criança poderá ter dificuldade em digeri-lo, absorvendo suas proteínas inteiras, antes de serem digeridas até peptídeos e aminoácidos. O sistema imunológico do bebê, que também está em fase de amadurecimento, pode confundir a proteína do leite de vaca com algo nocivo e começar a reagir, desencadeando a alergia.

É comum a criança não apresentar reação no primeiro contato com as proteínas do leite de vaca. Entretanto, se ela tiver predisposição genética, seu organismo irá produzir os anticorpos específicos para essas proteínas e/ou células inflamatórias e armazenará essa informação em suas células. Quando houver uma segunda exposição às proteínas do leite, mesmo que seja meses depois, a criança irá apresentar reação.

Portanto, a melhor forma de prevenir a APLV é garantir o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês de vida e evitar a introdução precoce de leite ou fórmulas à base de proteína do leite de vaca.

Lara Maia

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