Na busca por prevenir e tratar a dificuldade para engravidar, cada mês de junho é voltado para campanhas de conscientização da infertilidade. Segundo levantamento da Organização Mundial de Saúde (OMS), se estima que pelo menos 15% da população mundial em idade fértil é afetada pela infertilidade.
A ginecologista cearense Anna Dorotheia explica que o aumento da dificuldade tem ligação ao novo perfil de rotina do público feminino. “Hoje as mulheres cada vez mais vem adiando a gestação em função da vida moderna. Elas optam por engravidar mais tarde devido às suas múltiplas tarefas e, consequentemente, podem ter mais dificuldade de engravidar. Em alguns casos, essas mulheres podem precisar recorrer a tratamentos médicos para que a gravidez aconteça.”
A médica esclarece que quando se investiga os fatores-saúde para a infertilidade é preciso observar o casal. Uma pesquisa da União Europeia de Urologia mostrou que dos 15% casais afetados que procuraram tratamento para infertilidade, apenas 5% continuam sem filhos. Isso também se deve ao avanço a passos largos da medicina reprodutiva.
Faixa etária
A ginecologista Rebeca Dourado recorda que, nas mulheres, endometriose, problemas ovulatórios e na tireoide são grandes responsáveis pela infertilidade. Segundo a especialista, se os parceiros têm relações frequentes e são de até 35 anos de idade, as chances para uma gravidez natural aumentam. Após esse período a tendência é que as reservas ovarianas baixem.
Anna Dorotheia corrobora a informação e acrescenta que o ideal para os futuros pais seja também fazer uma consulta pré-concepcional, já no intuito de avaliar se existe alguma alteração a ser corrigida antes de engravidar e também uma avaliação nutricional.
Por Laura Bandeira (jornalista)