Cada criança, ao nascer, traz características próprias que diferenciam-na dos outros bebês. Além das peculiaridades físicas herdadas dos pais, pode apresentar também diferenciações que apontam para problemas não muito comuns, como: dentes natais ou neonatais (presentes na boca ao nascer ou 2 a 3 meses após o nascimento, respectivamente), freio lingual hipertrófico (língua presa) e fissuras ou fendas no palato e lábio (fenda palatina ou lábio leporino). Ao examinar a cavidade oral da criança, o pediatra pode detectar essas alterações e encaminhá-la ao odontopediatra, que saberá prescrever o tratamento adequado.
Em condições normais, a primeira dentição dos bebês começa a aparecer por volta do 6º mês de vida, completando-se ao 30º mês. Nascem, inicialmente, os incisivos centrais inferiores, e, logo depois, em torno dos 11 meses, os incisivos centrais superiores. Nesse período, já é recomendável a primeira visita ao odontopediatra, que avaliará se a dentição da criança está se desenvolvendo corretamente e orientará os pais sobre as práticas de higiene e alimentação ideal, além de acompanhar o restante da dentição, que se completará por volta dos 2 anos e meio de idade.
Informações sobre o tipo de escovação ideal e o uso de acessórios adequados, assim como a importância da amamentação para o desenvolvimento da arcada dentária, sucção e deglutição são algumas das orientações repassadas pelo odontopediatra aos pais, que serão os principais coadjuvantes no acompanhamento da erupção dos outros dentes da criança, até que ela possua o entendimento necessário para cuidar de sua própria higiene bucal e dental.
Porém, quando a mamadeira é inevitável, orientações sobre seu uso, melhores bicos e os riscos que a alimentação noturna causa são passadas para os pais assim como sobre o uso racional da chupeta e sucção do polegar.
Traumas infantis de visitas ao dentista podem ser evitados, se houver um acompanhamento precoce desse profissional, desde os primeiros meses de vida da criança, inspirando-lhe confiança e segurança, sendo visto por ela como um amigo, além de acostumá-la ao ambiente e aos procedimentos do consultório. Dessa forma, com um acompanhamento permanente, será mais fácil detectar, ainda no início, o surgimento das primeiras cáries e combatê-las, sem que os dentes precisem ser restaurado
– Para evitar a conhecida cárie de mamadeira, o leite oferecido ao bebê não deve conter açúcar, e a escovação deve ser realizada após a ingestão do líquido;
– Mesmo que ainda não tenham nascido os dentinhos, é fundamental limpar a boca do bebê logo depois das mamadas. Para isso, enrole uma gaze em seu dedo, molhe-a com água filtrada e passe na língua e nas gengivas do bebê;
– Não esfrie a comida do bebê assoprando com a boca. Esse hábito pode fazer com que bactérias da boca do adulto sejam repassadas para a criança;
– Logo que os primeiros dentes aparecem, é hora de adotar a primeira escova de dentes, que deve ser bem macia e indicada para a idade do bebê.
Ginna Gonçalves
Odontopediatria Infantil
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