A nutricionista materno infantil de Belo Horizonte (MG), que nas redes sociais é mais conhecida como Alice no País das Comidinhas, fez um post para tirar dúvidas de mamães e papais sobre a inserção de alimentos na dieta dos pequenos.

Alice no pais das comidinhas“O bebê vai crescendo e as dúvidas sobre alimentação parecem crescer junto com ele.
Afinal de contas, quando o bebê pode comer o quê?
Segundo o guia do departamento de nutrologia da Sociedade Brasileira de pediatria (SBP 2012), a partir dos seis meses, o bebê já está apto a comer alimentos de todos os grupos e a primeira refeição principal já pode ser completa, composta de cereais ou tubérculos, leguminosas, carnes, legumes e hortaliças. Esse guia diz também que não existe vantagem em postergar a apresentação das proteínas heterólogas, e cita, inclusive, que a oferta de glúten, ovo, carne de porco e peixe nos primeiros meses de introdução alimentar visa à aquisição de tolerância e à redução no risco de alergias.
Na prática, percebo que por mais que o corpo já esteja preparado para receber todos os grupos é respeitoso ir aos poucos, e como a nutrição da criança está resguardada pelo leite materno ou fórmula infantil até um ano de idade, não há necessidade de introduzir tudo de uma vez. Às vezes acontece do intestino dar uma travadinha.
Como eu faço?
Reservo as primeiras cinco semanas, uma para introduzir cada tipo de alimento.
1 semana: fruta
2 semana: legumes
3 semana: leguminosa
4 semana: Carnes (peixe, frango, boi, porco) ou ovo
5 semana: folhas
A partir daí começam a entrar as novidades…
Com 7 meses: cereais, tapioca, linhaça, quinoa, amaranto, chia, aveia, macarrão (não existe contraindicação para que esses alimentos sejam apresentados no sexto mês, apenas reservo o primeiro mês de introdução alimentar para os mais básicos)
Somente após 1 ano: sal, leite de vaca, oleaginosas, frutos do mar e mel. Vale lembrar que apesar de poder, não convém apresentar mel antes dos dois anos.
Observação importante: sempre que houver histórico de alergia alimentar na família, o pediatra e o nutricionista devem ser avisados. Nesses casos, a orientação do momento da apresentação pode mudar, além disso, a família deve estar orientada sobre o que fazer em caso de reações.
O que devemos evitar sempre: devemos evitar comidas artificiais, que tenham na lista de ingredientes nomes que não conhecemos, corantes, conservantes, aromatizantes…
O que devemos preferir: devemos sempre preferir alimentos naturais e caseiros, dar preferência aos orgânicos e preferir fruta ao invés de suco.
À que devemos estar atentos: a partir de seis meses a criança precisa se hidratar com água e outra coisa importante, as refeições não devem ser liquidificadas, apenas amassadas com um garfo, e sua consistência deve evoluir a cada mês, de forma que com um aninho a criança já consiga comer a comida da casa.
O mais importante de tudo: quem diz quanto comer é a criança. O apetite dela é super regulado. Pode confiar! Nesse primeiro momento não existem regras rígidas. Se seu bebê não demonstrar muito interesse pela comida, está tudo bem. Sua função é só tornar esse momento prazeroso. Bebês não tem metas!”

@alicenopaisdascomidinhas