O Dr. Valderi de Sousa Júnior é médico emergencista e pediatra, vice-presidente da Cooperativa de Atendimento Pré e Hospitalar (COAPH), e possui experiências como Diretor Técnico do Hospital Residence, como Médico Intervencionista e Regulador de Unidade de Cuidados Médicos e de Médico Regulador e Interventor no SAMU. Nesse período de volta às aulas, o doutor Valderi informa sobre as doenças e condições mais frequentes das crianças em contato com seus colegas, bem como as formas mais eficazes de prevenção para a época.

 

– Quais são as doenças mais frequentes entre crianças e jovens na volta às aulas?
Dr. Valderi Júnior: Nessa época do ano as principais doenças nas crianças são os resfriados e as gastrointestinais, muito vinculadas ao contato. Quando as crianças retomam esses contatos, os que ficaram de férias trazem das suas casas alguns vírus e bactérias diferentes; e devido a que se juntam na sala de aula acabam se contaminando. Então, essas doenças infecciosas são as principais, tanto intestinais como nas vias superiores, como resfriados, ou sinusopatias.

 

– Quais as formas mais eficientes e necessárias de prevenção?

Dr. Valderi Júnior: O que é a prevenção? Aquela que, de fato, deve ser feito o ano inteiro, permanentemente. Lavar bem as mãos, evitar o contato próximo com alguém que está sofrendo alguma doença, e de fundamental importância – inclusive algumas escolas estão solicitando hoje com mais veemência – é a questão do calendário de vacinação: as crianças devem entrar na escola trazendo já seus calendários de vacinação atualizado.
Isso é até um motivo de louvor porque essa iniciativa deveria já ter acontecido já faz tempo, mas que bom que está sendo implementado porque ajuda a prevenir algumas doenças.

 

– Como agir se uma criança ou adolescente manifesta sintomas estranhos nas primeiras semanas letivas?
Dr. Valderi Júnior: O ideal é que seja logo avaliada por um médico para saber de que tipo de doença se trata e se for alguma transmissível, de gravidade maior, que ela possa ser tratada, afastando a criança temporariamente da escola para não contaminar as outras.
É importante que seja avaliado mesmo, porque no momento atual -e esperemos que não chegue aqui- existe um surto de coronavírus, que se trata como um resfriado mais grave, e se transmite de pessoa a pessoa. Se for identificado, a pessoa deverá evitar de ir à escola de imediato.

Mais informações: coaph.com.br

Foto: imprensa COAPH.